Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://locus.ufv.br//handle/123456789/2709
Tipo: Dissertação
Título: Capacidade preditiva de diferentes indicadores de adiposidade para marcadores de risco da síndrome metabólica em idosas
Título(s) alternativo(s): Predictive capacity of different adiposity markers for risk of the metabolic syndrome in elderly
Autor(es): Paula, Hudsara Aparecida de Almeida
Primeiro Orientador: Ribeiro, Rita de Cássia Lanes
Primeiro coorientador: Rosado, Lina Enriqueta Frandsen Paez de Lima
Segundo coorientador: Franceschini, Sylvia do Carmo Castro
Primeiro avaliador: Ribeiro, Andréia Queiroz
Segundo avaliador: Pereira, Eveline Torres
Abstract: O envelhecimento desencadeia modificações na composição corporal como o incremento da distribuição central de gordura, a qual associa-se com anormalidades metabólicas e cardiovasculares, principalmente nas mulheres. Embora uma variedade de medidas corporais para avaliar a adiposidade tem sido sugerida, ainda permanece controverso qual seria o melhor indicador em predizer efeitos desfavoráveis, decorrentes do acúmulo de gordura corporal em idosas. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivos: a) comparar medidas de perímetro da cintura e diâmetro abdominal sagital, aferidas em diferentes pontos anatômicos do abdômen e avaliar quais delas apresentam melhor poder preditivo para o risco de síndrome metabólica (SM) e para seus componentes isolados, em idosas; b) analisar diferentes medidas antropométricas e de composição corporal e o poder discriminatório das mesmas para o risco de Síndrome Metabólica em idosas; c) avaliar a ocorrência de síndrome metabólica e de seus componentes de acordo com diferentes propostas de definição. A amostra incluiu 113 mulheres (60-83 anos), adstritas no Programa Saúde da Família, do município de Viçosa-MG, as quais foram submetidas a aferição de diferentes medidas antropométricas, de composição corporal e índices derivados, pressão arterial, perfil lipídico, glicemia de jejum e de questões relacionadas a hábitos de vida e condições de saúde. Foram efetuadas análises por meio da curva ROC, testes de comparação (t de Student ou Mann Whitney), correlações (Pearson, Spearman e parciais), qui- quadrado e determinação do coeficiente Kappa. Para processamento e análise dos dados foram utilizados os softwares Excel, SPSS versão 15.0, SigmaStat versão 2.03, MedCalc versão 9.3 e EpiInfo versão 6.04. Para rejeição da hipótese de nulidade adotou-se como nível de significância estatística p<0,05 para todas as comparações. A normalidade da distribuição das variáveis foi determinada a partir do teste de Kolmogorov-Smirnov. A amostra foi composta por mulheres com idade mediana de 65 anos, tendo predominado eutróficas (47,8%), que viviam com um companheiro (55,8%), não fumantes (85,8%), não habituadas ao uso de bebida alcoólica (69,0%), não praticantes de exercício físico regular (70,8%), que nunca fizeram uso da terapia de reposição hormonal (65,5%) e que auto-definiram possuir um bom estado de saúde (53,1%). Dos marcadores de risco para a síndrome metabólica se destacaram a obesidade abdominal (64,6%), os altos níveis pressóricos (54,9%), baixos níveis de HDL-c (35,4%) e hipertrigliceridemia (30,1%). Ao considerar a combinação de todos os fatores, a ocorrência da síndrome metabólica foi de 30,9%, de acordo com a definição do National Cholesterol Education Program s Adult Treatment Panel III-NCEP-ATPIII, que é adotada na I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. O perímetro da cintura (PC) ao nível umbilical e o diâmetro abdominal sagital (DAS) no ponto médio entre as cristas ilíacas apresentaram as maiores áreas sob a curva ROC (p<0,05) na identificação da SM (0,694 ± 0,079 e 0,747 ± 0,076, respectivamente). Ressalta-se que entre essas duas medidas o DAS mostrou maior poder de predição. O índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura corporal (%GC), gordura corporal (GC/kg) e somatório das dobras cutâneas (&#8721;DOC), indicadores da adiposidade global, mostraram-se menos relacionados com fatores de risco cardiovascular nas idosas. Já os demais indicadores, utilizados para caracterizar a adiposidade central, mostraram áreas significantes sob a curva ROC, com maior destaque para o índice sagital (IS) (0,807 ± 0,070 p=0,0001). Na comparação entre diferentes definições para identificar a síndrome metabólica observou-se maior e menor freqüência de acordo com a proposta do International Diabetes Federation (IDF) (45,1%) e proposta modificada a partir dessa definição SMIDFM (22,1%), respectivamente. Foi encontrada maior consonância entre a definição modificada a partir da definição do National Cholesterol Education Program s Adult Treatment Panel III- NCEP-ATPIII, SM-ATPM com NCEP-ATPIII e SM-IDFM (Kappa: 0,79 e 0,77; p<0,00001). A proposta SM-ATPM apresentou menor discrepância para a ocorrência de SM comparada as definições originais e teve uma proximidade maior com a freqüência obtida por meio do critério NCEP-ATPIII, que por sua vez tem sido indicado melhor preditor de desfecho cardiovascular em idosos. Diante dos resultados encontrados, sugere-se que para avaliação de mulheres idosas com características similares a amostra em estudo, sejam adotados o nível umbilical (PC) e o ponto médio entre as cristas ilíacas (DAS) para aferição antropométrica; que seja incorporado o índice sagital, como marcador de adiposidade abdominal, na identificação do risco cardiovascular e o critério SM-ATPM para identificação de síndrome metabólica.
Aging promotes changes in body composition as the increment of fat central distribution, which is related to metabolic and cardiovascular abnormalities, especially in women. Although a variety of body measurements to assess adiposity is suggested, it still remains controversial which is the best indicator in predicting adverse effects due to the accumulation of body fat in older people. In this context, this study had as goals: a)to compare measures of waist circumference and abdominal sagittal diameter, measured at different anatomical points of the abdomen and assess which ones present better predictive power for the risk of metabolic syndrome (MS) and for its isolated components, in elderly; b) to analyze different anthropometric measurements and body composition and discriminatory power of these to the risk of metabolic syndrome in older women; c) to evaluate the occurrence of metabolic syndrome and its components according to different definition proposals. The sample was composed by 113 women (60-83 years), included in the Family Health Program, in the municipality of Viçosa-MG, which were subjected to comparison of different anthropometric measures of body composition and derived indices, blood pressure, lipid profile, fasting plasma glucose and issues related to living habits and health conditions. Analyses were performed using the ROC curve, comparison tests (Student s t test or Mann Whitney), correlation(Pearson, Spearman and partial), chi-square and determination of Kappa coefficient. For processing and data analysis the softwares Excel, SPSS version 15.0, SigmaStat version 2.03, MedCalc version 9.3 and EpiInfo version 6.04 were used. For rejection of the null hypothesis, it was adopted as level of statistical significance p <0.05 for all comparisons. The normality of variables distribution was determined by the Kolmogorov-Smirnov test. The sample consisted of women with a median age of 65 years, most of them eutrophic (47.8%), living with a partner (55.8%), nonsmokers (85.8%), not used to having alcohol beverages (69.0%), not practitioner of regular exercise (70.8%), which never made use of hormone replacement therapy (65.5%) selfdefined as having a good health state (53, 1%). Markers of risk for the metabolic syndrome, such as the abdominal obesity (64.6%), high blood pressure (54.9%), low levels of HDL-c (35.4%) and hypertriglyceridaemia (30.1%) were highlighted. When considering the combination of all factors, the occurrence of metabolic syndrome was 30.9%, according to the definition of National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III-NCEP-ATPIII, which is used in the I Brazilian Guidelines for Diagnosis and Treatment of Metabolic Syndrome. The waist circumference (WC) at umbilical level and abdominal sagittal diameter (ASD) at the midpoint between the iliac crests presented the largest areas under the ROC curve (p <0.05) in the identification of MS (0694 ± 0079 and 0747 ± 0076, respectively). Between these two measures, the ASD showed higher predictive power. Body mass index (BMI), percentage of body fat (% BF), body fat (BF / kg) and sum of skin folds (&#931;DOC), which are indicators of overall adiposity, were less related to cardiovascular risk factors in the elderly. For the other indicators, used to characterize the central adiposity, showed significant areas under the ROC curve, with greater emphasis on the sagittal index (SI) (0807 ± 0070 p = 0.0001). In the comparison between different definitions to identify the metabolic syndrome, it was observed a higher and lower frequency in accordance with the proposal of the International Diabetes Federation (IDF) (45.1%) and modified proposal from the SM-definition IDFM (22.1% ), respectively. There was more consonance between the modified definition based on the definition of National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III-NCEP-ATPIII, SM-ATPM with NCEPATPIII and SM-IDFM (Kappa: 0.79 and 0.77; p <0.00001). The proposal SM-ATPM showed less discrepancy in the occurrence of MS compared to the definitions and had a greater proximity to the frequency obtained using the NCEP-ATPIII criteria, which has been indicated as better predictor of cardiovascular outcome in the elderly. Before the found results, it is suggested that for assessment of older women with similar characteristics to the sample under study, the umbilical level (UL) and the midpoint between the iliac crests (ASD) should be adopted for anthropometric measurement, the sagittal index should be incorporated as a marker of abdominal adiposity in the identification of cardiovascular risk and the SM-ATPM criterion for identification of metabolic syndrome.
Palavras-chave: Envelhecimento
Mulheres idosas
Antropometria
Composição corporal
Síndrome metabólica
Avaliação nutricional
Aging
Elderly women
Anthropometry
Bode composition
Metabolic syndrome
Nutritional evaluation
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Citação: PAULA, Hudsara Aparecida de Almeida. Predictive capacity of different adiposity markers for risk of the metabolic syndrome in elderly. 2009. 164 f. Dissertação (Mestrado em Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2009.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2709
Data do documento: 18-Fev-2009
Aparece nas coleções:Ciência da Nutrição

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
texto completo.pdf1,52 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.