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Tipo: Tese
Título: Bioatividades do extrato da folha da mangueira (Mangifera indica, variedade Ubá) e da mangiferina em camundongos ApoE-/-
Título(s) alternativo(s): Bioactivities of mango leaf extract (Mangifera indica, variedade Ubá) and mangiferin in ApoE-/- mice
Autor(es): Araújo, Bruna Moraes
Primeiro Orientador: Queiroz, José Humberto de
Primeiro coorientador: Peluzio, Maria do Carmo Gouveia
Segundo coorientador: Ribeiro, Sônia Machado Rocha
Primeiro avaliador: Leite, João Paulo Viana
Segundo avaliador: Matta, Sérgio Luis Pinto da
Terceiro avaliador: Pedrosa, Maria Lúcia
Abstract: Extratos da folha de Mangifera indica L. são importante fonte de compostos fenólicos, especialmente mangiferina, composto que apresenta propriedades antidiabética, hipolipemiante, antioxidante e anti-inflamatória. O estudo teve como objetivo caracterizar o extrato da folha de M. indica, comparando-o com o extrato da casca, e avaliar as bioatividades do extrato etanólico da folha de M. indica e da mangiferina isolada em camundongos ApoE-/-. Extratos secos da folha e da casca de M. indica foram obtidos por processo de percolação com etanol. Mangiferina foi obtida após processo de extração e purificação realizado a partir das folhas de M. indica, sendo identificada por cromatografia líquida de alta performance (CLAE) e por espectro UV obtido por arranjo diodo. Detecção de classes de metabólitos secundários nos extratos da folha e da casca de M. indica foi realizada por cromatografia em camada delgada. Teores de fenóis totais e de flavonoides em ambos os extratos foram estimados por espectrofotometria, respectivamente, a 760 nm, utilizando-se como reagente a solução de Folin Ciocalteu, e a 420 nm, utilizando-se a solução metanólica de cloreto de alumínio hexahidratado. As atividades antioxidantes in vitro de ambos os extratos foram determinadas pelo método colorimétrico do radical livre estável orgânico 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH). A quantificação de mangiferina no extrato da folha de M. indica foi realizada por CLAE. Camundongos ApoE-/- com 15 semanas de idade foram divididos aleatoriamente em 4 grupos de acordo com o tratamento recebido: controle -veículo DMSO; E200 200 mg/kg/dia de extrato da folha de M. indica, E400 400 mg/kg/dia de extrato da folha de M. indica; M40 - 40 mg/kg/dia de mangiferina. Administrações diárias do veículo, dos extratos e da mangiferina foram realizadas por gavagem durante 8 semanas. Metabólitos e enzimas séricos foram dosados utilizando-se kits enzimáticos. Lesões ateroscleróticas foram quantificadas pelo método en face, mensurando-se a área de deposição lipídica corada por Sudan IV. A atividade da catalase (CAT) hepática e renal foi mensurada pela taxa de decomposição de H2O2, a partir da leitura das absorvâncias a 240 nm. A atividade da superóxido dismutase (SOD) hepática e renal foi mensurada pelo método que envolve a geração de superóxido por autoxidação do pirogalol e a redução dependente de superóxido do corante brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio (MTT). A expressão gênica hepática da fat-specific protein 27 (FSP-27) foi quantificada por PCR em tempo real. Fragmentos de fígado e de rins foram fixados em solução de Karnowsky e submetidos à rotina de processamento histológico para inclusão em resina e obtenção de secções de 3 &#956;m, as quais foram coradas com hematoxilina/eosina. No tecido hepático, mensurou-se a densidade volumétrica de micro e macrovesículas lipídicas, de macrófagos, de necrose. No tecido renal, mensurou-se a densidade volumétrica e área média dos glomérulos. Para análises estatísticas foi realizado o teste Neuman-Keuls para múltiplas comparações (p<0.05). O extrato da folha de M. indica apresentou teores de fenóis totais, flavonoides e de mangiferina equivalentes a 212,7 ± 10,0 mg EAG/ g de extrato seco, 90,3 ± 1,32 mg ERT/ g e de 120 mg/ g de extrato seco, respectivamente. No ensaio do DPPH, o extrato da folha de M. indica apresentou um IC50 de 5,2. No ensaio biológico utilizando os camundongos apoE-/-, os tratamentos com extrato da folha de M. indica e com a mangiferina isolada não afetaram os níveis sanguíneos de glicose, colesterol total, colesterol HDL, triacilglicerois e alanina aminotransferase, bem como o percentual de deposição lipídica no arco aórtico, as atividades antioxidantes das SOD e da CAT hepáticas e renais e a expressão hepática da FSP-27. Apenas o tratamento com mangiferina promoveu aumento dos níveis séricos da aspartato aminotransferase e aumentou a densidade volumétrica e área média dos glomérulos. Tanto o tratamento com mangiferina como os tratamentos com ambas as doses do extrato da folha de M. indica promoveram redução da densidade volumétrica de macrogotículas, de macrófagos, de necrose no tecido hepático. Concluiu-se que, os tratamentos com extrato de M. indica e mangiferina, na presente condição experimental, foram ineficazes em retardar a progressão da lesão aterosclerótica, mas capazes de minimizar as alterações histopatológicas hepáticas, independentemente de alterações nas atividades de enzimas antioxidantes e da expressão da FSP-27.
Mangifera indica L. leaf extracts are an important source of phenolic compounds, especially mangiferin, a compound that exhibits antidiabetic, hypolipidemic, anti-oxidant and anti-inflammatory activities. This study aimed to characterize M. indica leaf extract, comparing it with stem bark extract and to evaluate the bioactivities of mangiferin and ethanolic extract of M. indica leaf in ApoE-/- mice. Dried extracts of M. indica leaf and stem bark were obtained by percolation with etanol. Mangiferin was obtained by extraction and purification process carried out from M. indica leaves, been identified by HPLC and diode array spectroscopy. The detection of secondary metabolites classes in M. indica leaf and stem bark extracts were performed by thin layer chromatography. Total phenols and flavonoids contents were estimated by spectrophotometry, respectively, at 760 nm, using Folin-Ciocalteu reagent, and at 420 nm, using metanolic solution of aluminium chloride hexahydrate. The both extracts antioxidant activities in vitro were determined by colorimetric method of free stable radical 2,2-diphenyl-1-picryl-hydrazyl (DPPH). The quantification of mangiferin in the M. indica leaf extract were performed by high performance liquid chromathography (HPLC).Fifteenweek old ApoE-/- mice were divided in4 groups according to the treatment: control - vehicle (dimethyl sulfoxide); E200 - 200 mg/kg/day M. indica leaf extract; E400 - 400 mg/kg/day M. indica leaf extract, M40 - 40 mg/kg/day mangiferin. Administrations of vehicle, extracts and mangiferin were performed every day by gavage during 8 weeks. Blood parameters were measured using enzymatic kits and atherosclerotic lesions were evaluated by en face method, measuring the lipid deposition area stained with Sudan IV. Hepatic and renal catalase activities were evaluated by H2O2decomposition rate measured spectrophotometrically from changes in absorbance at 240 nm. Hepatic and renal superoxide dismutase activities were measured by the method that involves generation of superoxide by pyrogallol autoxidation and the inhibition of superoxide-dependent reduction of 3-(4,5-dimethyltiazol-2-yl)-2,5-diphenyl tetrazolium bromide (MTT). Hepatic gene expression of fat-specific protein 27 (FSP-27) were quantified by RT-PCR. Liver and renal fragments were fixed in Karnowsky solution and submitted to a routine histologic processing and 3&#956;m-sections were stained with hematoxylin and eosin. Volumetric density of micro and macrovesicular steatosi, macrophages and necrosis were measured in liver. Volumetric density of glomerulus and average glomerular area were measured in kidney. Statistical analysis were performed using Neuman-Keuls multiple comparisons test (p<0.05). The M. indica leaf extract presented the following values of total phenols, flavonoids and mangiferin: 212,7 ± 10,0 mg EAG/ g dry extract, 90,3 ± 1,32 mg ERT/ g dry extract and 120 mg/ dry extract, respectivily. In the DPPH assay, the M. indica leaf extract presented a IC50 5,2. In the bioassay using apoE-/- mice, M. indica leaf extract and isolated mangiferin treatments had no effect on blood levels of glucose, total cholesterol, HDL cholesterol, triglycerides and alanine aminotransferase, as well as on the percentage of aortic lipid deposition, on SOD and CAT activities and on FSP-27hepatic gene expression. Only the isolated mangiferin treatment increased the serum levels of aspartate aminotransferase and increased the glomerular volumetric density and the average area of the glomeruli. Mangiferin and M. indica leaf extract treatments promoted reduction in volumetric density of macro-lipid droplets, macrophages and necrosis in liver. It was concluded that the M. indica and mangiferin treatments, in this experimental condition, were ineffective in retarding the progression of atherosclerotic lesions, but they could minimize liver histopathological features, regardless of changes in the antioxidant enzymes activities and in the FSP-27 hepatic gene expression.
Palavras-chave: Mangifera indica
Camundongos ApoE-/-
Mangifera indica
ApoE-/- mice
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOQUIMICA::METABOLISMO E BIOENERGETICA
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal
Citação: ARAÚJO, Bruna Moraes. Bioactivities of mango leaf extract (Mangifera indica, variedade Ubá) and mangiferin in ApoE-/- mice. 2012. 96 f. Tese (Doutorado em Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2012.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/322
Data do documento: 4-Set-2012
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