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Tipo: Dissertação
Título: O planejamento do trabalho do Agente Comunitário de Saúde e sua interface com o acesso dos usuários aos serviços de saúde de Viçosa, Minas Gerais
Título(s) alternativo(s): The design of the work of Community Health Agent and its interface with the access of users to health services in Viçosa, Minas Gerais
Autor(es): Braga, Gracilene Maria Almeida Muniz
Primeiro Orientador: Mafra, Simone Caldas Tavares
Primeiro coorientador: Silva, Emília Pio da
Segundo coorientador: Gomes, Andréia Patrícia
Primeiro avaliador: Faroni, Lêda Rita D'antonino
Segundo avaliador: Silva, Neuza Maria da
Abstract: A Estratégia Saúde da Família (ESF) tem enfrentado problemas na forma de planejamento do trabalho, decorrente do excesso de demanda e dificuldade na definição das ações prioritárias com as famílias atendidas. Considerando tal constatação, realizou- se nas 14 UBSFs de Viçosa, Minas Gerais, um estudo que objetivou caracterizar o perfil socioeconômico do ACS; o estado de motivação e conhecer o planejamento de suas tarefas e a opinião dos usuários sobre o trabalho do ACS. Utilizou-se abordagem quali- quantitativa na coleta de dados, estatística descritiva e análise de conteúdo e do discurso para análise. A amostragem das famílias foi definida nas 13 UBSFs que participaram do estudo, destas foram selecionados os usuários vulneráveis (48): hipertensos; gestantes; idosos e diabéticos. Os dados foram coletados por questionário e grupo focal aos ACS; entrevista semiestruturada aos indivíduos vulneráveis. O estudo identificou que, a maioria dos ACS do estudo são do sexo feminino, idade entre 26 a 43 anos. A escolaridade predominante foi ensino médio, superando a exigência para o cargo. A maioria são provedores da família. Dos 64 entrevistados 83% não se sentem motivados para planejar suas tarefas, pelo excesso de atividades burocráticas, pela precariedade das condições de trabalho e falta de treinamento. 69% dos ACS alegaram que a falta de privacidade na vida pessoal influencia na falta de motivação para o planejamento das tarefas e atividades. As atividades dos ACS não são planejadas, comprometendo o acesso das famílias aos serviços de saúde. A efetividade do trabalho do ACS é restrita devido às dificuldades encontradas no cotidiano, no entanto 82% os usuários acreditam que o trabalho do ACS favorece o acesso aos serviços das ESF. A relação dos usuários com os ACS foi avaliada por 55% das gestantes como de amizade, seguido de 54% dos hipertensos e idosos. Ao se analisar os níveis de compreensão dos usuários em relação às orientações sobre saúde prestadas pelos ACS, 52% dos hipertensos, idosos e diabéticos consideraram de fácil compreensão, 44,5% das gestantes concordaram com esta afirmativa, e outros 44,5% de gestantes disseram que os ACS não prestam este tipo de orientação. O estudo identificou que 92% hipertensos, 85% dos idosos e diabéticos e 78% das gestantes consideraram que os ACS são capacitados para desempenhar a função e cumprir com suas tarefas diárias. Desta forma podemos concluir que a falta de recursos agrava o desempenho das eSF, refletindo diretamente no trabalho do ACS. Nas ESF faltam dispositivos de gestão em nível local, para negociar com a comunidade a prioridade de ações. As tarefas dos ACS não são planejadas e estes atuam improvisadamente. Sugere-se para maior efetividade das atividades que o ACS tenha lugar de destaque na ESF e possa organizar seu trabalho a partir das prioridades dos usuários, conhecidas a partir dos estudos de caso.
The Family Health Strategy (FHS) has faced problems in the way of work planning, due to excessive demand and difficulties in defining priority actions with the assisted families. Considering such observation, it was performed on 13 UBSFs of Viçosa, Minas Gerais, one study aimed to characterize the socioeconomic profile of the CHA; the status of motivation and know the design of its tasks and the opinions from users about the work of the CHA. It was used qualitative and quantitative approach to data collection and descriptive statistics and content analysis and discourse to analysis. The sampling of the families was defined in 13 UBSFs who participated in the study. From these it was selected vulnerable users (48): hypertension, pregnant women, elderly and diabetics. Data were collected by questionnaire and focus group to CHA; semistructured interview to vulnerable individuals. The study identified that the majority of CHA from the study are female, aged between 26-43 years. The predominant educational level was high school, overcoming the requirement for the position. Most are family providers. Of the 64 interviewees, 83% do not feel motivated to plan your tasks, due to excessive bureaucratic activities, the precariousness of working conditions and lack of training. 69% of CHA argued that the lack of privacy in personal life influences the lack of motivation for the planning of tasks and activities. The activities of CHA are unplanned, affecting household access to health services. The effectiveness of the work of the CHA is restricted due to difficulties in daily life, however 82% of the users believe that the work of CHA facilitates access to services of the FHS. The relation of the users with CHA was evaluated by 55% of pregnant women as friendship, followed by 54% of hypertensives and the elderly. When analyzing the levels of understanding of the users in relation to health guidelines provided by CHA 52% of hypertensive, diabetics and elderly considered easy to understand, 44,5% of pregnant women agreed with this statement and another 44,5% of pregnant women said that CHA does not provide this kind of guidance. The study found that 92% of hypertensive, 85% of elderly and diabetics and 78% of pregnant women considered that the CHA are able to perform the function and fulfill their daily tasks. Thus, we conclude that the lack of resources aggravates the performance of the FHS, reflecting directly on the work of ACS. There is a lack of management devices at the local level to negotiate with the community's priority actions in the FHS. The tasks of the CHA are not planned and these act on improvisation. It is suggested for higher effectiveness of the activities that the CHA has a prominent place in the FHS and which may organize their work based on the priorities of the users, known from case studies.
Palavras-chave: Agente comunitário de saúde - Viçosa (MG)
Família Saúde
Unidade básica de saúde da família
Community health worker - Viçosa (MG)
Family Health
Basic unit of family health
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA DOMESTICA
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Economia familiar; Estudo da família; Teoria econômica e Educação do consumidor
Citação: BRAGA, Gracilene Maria Almeida Muniz. The design of the work of Community Health Agent and its interface with the access of users to health services in Viçosa, Minas Gerais. 2014. 108 f. Dissertação (Mestrado em Economia familiar; Estudo da família; Teoria econômica e Educação do consumidor) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2014.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3395
Data do documento: 13-Mar-2014
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