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Tipo: Dissertação
Título: Fatores associados ao estado nutricional de iodo de nutrizes e lactentes do município de Viçosa, Minas Gerais: um recorte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI Brasil)
Factors associated with iodine nutritional status of lactating woman and infants in Viçosa, Minas Gerais: a part of the Multicenter Iodine Deficiency Study (EMDI Brazil)
Autor(es): Azevedo, Francilene Maria
Abstract: A iodação do sal foi implantada para controlar a deficiência de iodo em diversos países do mundo. No entanto, a deficiência ainda acomete quase 2 bilhões de pessoas. Dentre essas, o grupo materno-infantil demanda maior preocupação, devido à alta prevalência de deficiência. Durante a lactação, a deficiência pode prejudicar o desenvolvimento do recém-nascido, causando danos irreversíveis, sobretudo no desenvolvimento neuropsicomotor. Portanto, estudos populacionais devem ser conduzidos a fim de verificar os fatores associados ao estado nutricional de iodo nesse grupo. Objetivo: Avaliar a relação entre o estado nutricional de iodo de nutrizes e lactentes, bem como os principais fatores associados à deficiência. Metodologia: Esse estudo faz parte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI-Brasil). Para as revisões sistemáticas, foi adotado a metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews. Após a busca nas bases e exclusão das duplicidades, os artigos foram selecionados conforme os critérios de inclusão por dois pesquisadores independentes, de acordo com a leitura de títulos, resumos e texto completo. Os dados dos artigos selecionados foram sintetizados e discutidos. Para o artigo original, foi avaliada uma amostra parcial do estudo transversal realizado no município de Viçosa-MG. Participaram do estudo 128 nutrizes com 18 anos ou mais, entre 15 e 90 dias após o parto e seus respectivos filhos. A amostra compreendeu indivíduos das áreas urbanas e rurais, usuários da rede pública de saúde do município. Não foram incluídas mulheres com histórico de doenças tireoidianas, assim como crianças que receberam qualquer outro alimento nos últimos 15 dias que antecederam a coleta, além do leite materno. Os dados foram coletados de janeiro a setembro de 2019. As mães foram identificadas nas Unidades Básica de Saúde e no Hospital Maternidade e convidadas a participar do estudo. Aquelas que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido responderam a um questionário com informações socioeconômicas, demográficas, ambientais e de saúde da mãe e da criança. Também foram avaliados o conteúdo de iodo na urina da mãe e da criança para verificar a ingestão atual de iodo, sal de cozinha e temperos utilizados nos domicílios. O conteúdo de iodo na água das unidades de saúde foi dosado para representar as regiões do município. As análises estatísticas foram realizadas nos softwares Statistical Package for Social Sciences® (SPSS) e STATA® Statistical Software, versão 13.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (número de parecer 2.496.986). Resultados: As revisões sistemáticas apontaram que existe uma forte correlação entre a concentração de iodo urinário da criança e da mãe, bem como entre concentração de iodo no leite materno e iodo urinário dos lactentes. Além disso, os filhos apresentaram menor prevalência de inadequação do estado nutricional de iodo, em comparação à mãe, exceto para situações em que as nutrizes faziam uso de tabaco, que compromete a nutrição de iodo do lactente. Ainda, foram apontados como fatores associados ao uso do sal iodado, a concentração de iodo na água. Já o uso da suplementação durante a gestação foi capaz de melhorar o desenvolvimento psicomotor, comportamental e a resposta ao som. Além disso, melhores resultados foram observados quando a suplementação foi mantida durante a lactação. No estudo realizado em Viçosa-MG, a prevalência de deficiência foi de 36,7% e 11,6% para nutrizes e lactentes, respectivamente. Não foi observada correlação significativa entre a iodúria materna e do lactente, assim como entre a iodúria materna e o conteúdo de iodo no sal, no tempero e na água de consumo. O aumento na idade do lactente, no período interpartal e na renda, reduziram as chances de deficiência de iodo nas nutrizes. Considerações finais: No município de Viçosa-MG, a prevalência de deficiência de iodo foi maior para nutrizes, quando comparado aos lactentes e não houve relação com a iodúria materna. Alguns fatores como o consumo de iodo por meio da água e do sal iodado apresentaram-se como principais fatores associados ao estado nutricional de iodo para o grupo materno-infantil. Enfatiza-se a necessidade de realizar pesquisas com propósito de evidenciar a condição de cada local e assim incentivar a implementação de políticas de prevenção e de um ponto de corte para classificação do consumo excessivo de iodo em lactentes e nutrizes de acordo com a concentração de iodo urinário. Palavras-chave: Iodo. Lactente. Concentração de Iodo Urinário. Nutriz.
The iodization of salt has been implemented to control iodine deficiency in several countries around the world. However, deficiency still affects almost 2 billion of people. Among these, the mother-child group demands more concern, due to the high prevalence of deficiency. During lactation, deficiency can impair the development of the newborn, causing irreversible damage, especially in neuropsychomotor development. Therefore, population studies should be conducted in order to verify the factors associated with the nutritional status of iodine in this group. Objective: To evaluate the relationship between the nutritional status of iodine of lactating women and infants, as well as the main factors associated with deficiency. Methods: This study is part of the Multicenter Iodine Deficiency Study (EMDI-Brazil). For the systematic reviews, was adopted Preferred Reporting Items for Systematic Reviews. After the search in the bases and exclusion of duplicity, the articles were selected according to the inclusion criteria by two independent researchers, according to the reading of titles, abstracts and full text. The data from the selected articles were summarized and discussed. For the original article, a partial sample of the cross-sectional study conducted in the municipality of Viçosa-MG was evaluated. A total of 128 women with 18 years of age or older, between 15 and 90 days after childbirth and their respective infants participated in the study. The sample included individuals from urban and rural areas, users of the public health service of the municipality. Women with a history of thyroid diseases were not included, as well as children who received any other food in the last 15 days before the collection, besides breast milk. The data was collected from January to September 2019. Mothers were identified in the Basic Health Units and Maternity Hospital and invited to participate in the study. Those who signed the Free and Informed Consent Form answered a questionnaire with socioeconomic, demographic, environmental and health information on the mother and child. The iodine content in the urine of the mother and child was also evaluated to check the current intake of iodine, cooking salt and seasonings used in households. The iodine content in the water of the Basic Health Units was dosed to represent the regions of the municipality. Statistical analyses were performed in the Statistical Package for Social Sciences® (SPSS) and STATA® Statistical Software, version 13.0. The project was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Viçosa (number 2.496.986). Results: Systematic reviews have shown that there is a strong correlation between the urinary iodine concentration of the infant and the mother, as well as between iodine concentration in breast milk and urinary iodine of infants. In addition, the infants had a lower prevalence of inadequate iodine nutritional status compared to the mother, except for situations in which the mothers made use of tobacco, which compromises the iodine nutrition of the infant. Furthermore, the iodine concentration in water was identified as a factor associated with the use of iodized salt. The use of supplementation during pregnancy was able to improve psychomotor development, behavior and sound response. Moreover, better results were observed when the supplementation was maintained during lactation. In the study conducted in Viçosa-MG, the prevalence of deficiency was 36.7% and 11.6% for lactating woman and infants, respectively. No significant correlation was observed between maternal and infant ioduria, as well as between maternal ioduria and iodine content in salt, seasoning and drinking water. The increase in infant age, in the intrapartum period, and in income reduced the chances of iodine deficiency in the nurturing mothers. Final remarks: In the municipality of Viçosa-MG, the prevalence of iodine deficiency was higher for lactating woman when compared to infants and there was no relation with maternal ioduria. Some factors such as iodine intake through water and iodized salt were presented as main factors associated with the nutritional status of iodine for the maternal-infant group. Surveys need to be conducted to highlight the condition of each site and thus encourage the implementation of prevention policies and a cut-off point for classifying excessive iodine intake in infant and lactating woman according to urinary iodine concentration. Keywords: Iodine. Infant. Urinary Iodine Concentration. Lactating woman.
Palavras-chave: Alimentos para gestantes e nutrizes
Amamentação
Urina
Iodo
CNPq: Análise Nutricional da População
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Titulação: Mestre em Ciência da Nutrição
Citação: AZEVEDO, Francilene Maria. Fatores associados ao estado nutricional de iodo de nutrizes e lactentes do município de Viçosa, Minas Gerais: um recorte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI Brasil). 2020. 99 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2020.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27791
Data do documento: 28-Fev-2020
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