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Tipo: Dissertação
Título: Pobreza e desigualdade rural na Região Sudeste sob o enfoque da pluriatividade e rendas não-agrícolas
Título(s) alternativo(s): Rural poverty and inequality in the southeast region under the focus of pluriactivity and non-agricultural income
Autor(es): Moreira, Roni Barbosa
Primeiro Orientador: Lima, João Eustáquio de
Primeiro coorientador: Lima, João Ricardo Ferreira de
Segundo coorientador: Mattos, Leonardo Bornacki de
Primeiro avaliador: Gomes, Marília Fernandes Maciel
Segundo avaliador: Toyoshima, Sílvia Harumi
Terceiro avaliador: Lírio, Viviani Silva
Abstract: A pluriatividade, definida como a combinação de atividades agrícolas e não-agrícolas pelos membros de uma mesma unidade familiar, e a questão pertinente às rendas não-agrícolas emergem num contexto de busca por melhores condições de vida no meio rural brasileiro. Neste sentido, espera-se que a pluriatividade e as rendas não-agrícolas atuem como uma alternativa para o incremento da renda das famílias residentes no meio rural, propiciando, assim, alteração nos níveis de pobreza e desigualdade de renda. Essa pesquisa tem como objetivo identificar os efeitos da pluriatividade e das rendas não-agrícolas sobre os níveis de pobreza e desigualdade rural na região Sudeste em 2008. Especificamente, pretende-se analisar os fatores que interferem na caracterização da família como sendo agrícola, não-agrícola e pluriativa; identificar o efeito da pluriatividade sobre a pobreza a partir do diferencial de renda auferida pelas famílias agrícolas e pluriativas; e avaliar a contribuição das rendas não-agrícolas sobre a redução da desigualdade no meio rural. O referencial teórico utilizado é o modelo de utilidade conjunta, segundo o qual os membros da família agem coletivamente a fim de maximizar uma função simples de utilidade. Os principais determinantes das escolhas das famílias em relação às três alternativas possíveis foram estudados por meio do modelo de seleção amostral com logit multinomial, realizando-se, posteriormente, o cálculo das medidas de pobreza e concentração de renda, quais sejam, os índices FGT, proporção de pobres, hiato da pobreza e severidade da pobreza e o índice de concentração de Gini, além das medidas de elasticidade da pobreza considerando variações nas rendas e no índice de desigualdade. Foram utilizados os dados da PNAD referente ao ano de 2008. As variáveis mais relevantes na determinação das escolhas das diferentes alternativas de ocupação foram: anos de estudo, local de moradia, idade da população economicamente ativa, número de componentes da família, trabalhadores por conta própria e empregados. Simulando todas as famílias como agrícolas ou pluriativas, observa-se a renda mais elevada para as famílias pluriativas, sendo que para estas existe um número maior de famílias cuja renda está acima do nível médio. Os resultados dos índices de pobreza FGT mostram que a menor xi proporção de pobres é encontrada para a renda observada das famílias pluriativas seguida das não-agrícolas e das exclusivamente agrícolas, da mesma forma o hiato e a severidade da pobreza. Os índices de concentração de Gini mostram o mesmo comportamento, as famílias pluriativas possuem o menor valor e uma concentração maior para as não-agrícolas e agrícolas. Simulando as rendas para cada tipo de família, percebe-se que quando as famílias pluriativas e não-agrícolas passam a ser agrícolas os índices de pobreza sofrem uma relativa piora, mostrando que para estas famílias a pobreza é maior. Os melhores resultados ocorrem nos casos em que as famílias são pluriativas. Fica evidente, portanto, que o fato da família ser pluriativa contribui como alternativa para o incremento da renda e redução da pobreza. Simulando que tanto as famílias pluriativas quanto não-agrícolas se dedicam exclusivamente às atividades agrícolas, aumenta-se a concentração de renda. Caso as famílias agrícolas fossem pluriativas, a concentração de renda diminui, ou seja, a parcela de renda não-agrícola reduz a desigualdade das famílias. Os resultados para as elasticidades permitem constatar que a pobreza é mais sensível quando se modificam os níveis de desigualdade em comparação a alterações na renda média.
The multi-activity, defined as the combination of agricultural and non-farm members of the same family unit, and the issues relevant to non-agricultural incomes emerge in the context of the search for better living conditions in rural areas. In this sense, it is expected that the multi-activity and non-agricultural incomes to act as an alternative to increasing the income of households in rural areas, thus providing a change in levels of poverty and income inequality.This research aims to identify the effects of multi-activity and non-agricultural incomes on the levels of rural poverty and inequality in the Southeast in 2008. Specifically, we intend to analyze the factors that interfere with the characterization of the family as agricultural, nonagricultural and Pluriactivity; pluriactivity identify the effect on poverty from the difference in income earned by farm households and pluriactive and to assess the contribution of non-agricultural incomes on reducing inequality in rural areas. The theoretical model used is the aggregate utility, according to which family members act collectively to maximize a single utility function. The main determinants of the choices of families in relation to the three possible alternatives were studied by means of the standard multinomial logit with sample selection, and where, subsequently, the calculation of measures of poverty and income concentration, namely, the FGT indices, proportion of poor, poverty gap and severity of poverty and the Gini concentration ratio, besides the elasticity of poverty measures to address variations in income and the inequality index. The study used data from the National Household Survey for the year 2008. The most important variables in determining the choice of alternative employment were: years of education, place of residence, age of the economically active population, number of components of family, self employed and employees. Simulating all families as agricultural or pluriactive, there is a higher income for families pluriactive, and for these there is a greater number of families whose income is above the average level. The results of FGT poverty indices show that the lowest proportion of poor is found for the observed income families pluriactive followed by non-agricultural and agricultural exclusively, just as the gap and severity of poverty. The Gini concentration indices show the same behavior, pluriactive families have the lowest value and a higher concentration for non- agricultural and agricultural products.Simulating the rents for each type of family, you realize that when families and non-agricultural pluriactive become agricultural poverty rates suffer a relative worsening, showing that for these families, poverty is greater. The best results occur in cases where families are multi. It is therefore evident that the fact that the family be pluriactive contributes as an alternative to increasing income and reducing poverty. Simulating that families and non-agricultural pluriactive focusing exclusively on agricultural activities, increases the concentration of income. If farm households were pluriactive, income concentration decreases, ie the share of off-farm income reduces the inequality of families. The results for the elasticities leads us to conclude that poverty is more sensitive when they change levels of inequality compared to changes in average income.
Palavras-chave: Pluriatividade
Rendas não-agrícolas
Pobreza
Desigualdade
Pluriactivity
Non-agricultural income
Poverty
Inequality
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA::ECONOMIAS AGRARIA E DOS RECURSOS NATURAIS::ECONOMIA AGRARIA
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Citação: MOREIRA, Roni Barbosa. Rural poverty and inequality in the southeast region under the focus of pluriactivity and non-agricultural income. 2010. 105 f. Dissertação (Mestrado em Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2010.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/39
Data do documento: 9-Jul-2010
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