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Tipo: Tese
Título: Avaliações diárias e sazonais das concentrações de CO2 em um ecossistema de manguezal: dimensões micrometeorológicas e econômicas
Título(s) alternativo(s): Assessing daily and seasonal CO2 concentrations in a mangrove ecosystem: micrometeorological and economic dimensions
Autor(es): Fonseca, Sérgio de Mattos
Primeiro Orientador: Costa, José Maria Nogueira da
Primeiro coorientador: Justino, Flávio Barbosa
Segundo coorientador: Pintassilgo, Pedro Miguel Guerreiro Patolea
Primeiro avaliador: Costa, Antônio Carlos Lola da
Segundo avaliador: Rodrigues, Hernani José Brazão
Terceiro avaliador: Amorim, Marcelo Cid de
Quarto avaliador: Lelis, Vicente de Paula
Abstract: Este trabalho baseou-se em um projeto pioneiro que estudou os fluxos e concentrações de CO2 em manguezais do Pará, Brasil. Desenvolvido no contexto do LBA – Experimento de Larga Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia, operou em um sítio experimental no município de Bragança, que hospedou o projeto CARBOPARÁ – LBA. Em uma floresta cujo dossel atinge alturas de até 25 metros foram instalados equipamentos meteorológicos e um sistema de covariância de vórtices turbulentos para medições contínuas dos fluxos de CO2. Dados provenientes do sítio experimental de Bragança (PA) em ecossistema de manguezal sugerem a necessidade da ampliação de estudos sobre as trocas dos fluxos de massa e de energia, e a correlação com o valor econômico desse ecossistema. A técnica, conhecida como método de covariância de vórtices turbulentos possibilita determinar se um ecossistema, em particular os manguezais, é uma fonte ou um sumidouro do CO2 atmosférico. Dentre os resultados obtidos destacam-se as seguintes: a) As menores concentrações de CO2 no período diurno no manguezal ocorreram em torno do meio-dia, com uma variação de 352,4 ppm em março a 392,4 ppm em outubro. b) As maiores concentrações de CO2 ocorreram no período noturno, como era de se esperar, tendo variado de 380,3 ppm (novembro) a 459,9 ppm (maio). c) As variáveis mais fortemente correlacionadas com as variações na concentração de CO2, em ordem decrescente de importância foram: a temperatura do ar, radiação solar, parâmetro de estabilidade atmosférica, velocidade de fricção e velocidade do vento. d) As taxas de assimilação média de CO2 no período diurno variaram de -7,37 mmol.CO2.m-2.s-1 em junho para -10,75 mmol.CO2.m-2.s-1 em setembro, resultando num valor médio durante o período experimental de -9,25 mmol.CO2.m- 2.s-1. e) As taxas médias de respiração do ecossistema durante o período noturno variaram de: 3,47 mmol.CO2.m-2.s-1 em março para 6,31 mmol.CO2.m-2.s-1 em junho, tendo apresentado um valor médio durante o período experimental de 4,47 mmol.CO2.m-2.s-1. No contexto do Protocolo de Kyoto as atividades de projeto para a criação ou reflorestamento de ecossistemas manguezais mostram-se bastante atrativas e economicamente viáveis para sua implementação, seja para projetos em áreas conforme demonstrado pela Tese, ou para projetos mais ambiciosos, envolvendo áreas maiores em atividades de projeto de florestamento ou reflorestamento. Em relação aos Fundos de Compensação por emissões evitadas, a exemplo do recém proposto REDD, caso venham a incluir nas contabilidades nacionais as remoções de natureza não-antropogênicas, como a evolução natural dos estoques de carbono em florestas, fica a proposta implícita na Tese: as absorções pelo sumidouro (ecossistemas de manguezal) devem ser remuneradas anualmente pelo balanço da NEE calculado e expresso pelo fluxo médio de captação do CO2 anualmente e por unidade de área do ecossistema conservado. Os resultados corroboram a veracidade da hipótese deste estudo, que indica a viabilidade do florestamento ou reflorestamento de manguezais como atividades de projeto para inclusão na modalidade LULUCF do MDL ou de Fundos de Compensação (REDD et al.). O experimento realizado em Bragança (PA) aponta para um ganho líquido de 16,6 TC.ha- 1.ano- 1 e a possibilidade de geração em torno de 60 certificados de emissões reduzidas por cada hectare de manguezal recuperado ou plantado por ano.
This study stands out a pioneering project assessing the concentrations and fluxes of carbon in mangrove forests canopy of Para, Brazil. Developed in the context of LBA - Experiment of Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazonia has operated on an experimental site in the city of Bragança, who hosted the project CARBO-PARA / LBA. In a forest whose canopy reaches heights up to 25 meters were installed meteorological equipment and a system of eddy covariance for continuous measurements of CO2 fluxes. Data from the mangrove ecosystem experimental site of Bragança (PA) suggest the need for an extension of studies on trade flows of mass and energy, and correlation with the economic value of that ecosystem. The technique, known as method of eddy covariance allows to determine if an ecosystem, especially mangroves, is a source or a sink of atmospheric CO2. The following results can be pointed out in this work: a) The lower CO2 concentrations above the mangrove vegetation during the diurnal period occurred around noon, with a mean variation from 352 ppm in March to 392 ppm in October. b) The highest CO2 concentrations over the mangrove on a daily basis, occurred at night, as expected, with a mean variation of 380 ppm (November) to 460 ppm (May). c) The best correlated variables with CO2 concentration, in decreasing order of importance, were: air temperature, global solar radiation, atmospheric stability parameter, friction velocity and wind speed. d) The influence of the tidal on the hourly CO2 concentration was not significant statistically, but, it should be pointed out the effect of the level of water at the peak of the tidals on the magnitudes of CO2 concentration. e) The mean assimilation rates of CO2 during the diurnal period ranged from –7.37 μmol.CO2.m-2.s-1 (June) to –10.75 μmol.CO2.m- 2.s-1 in September, with an overall average during the experimental work of –9.25 μmol.CO2.m-2.s-1. f) The mean ecosystem respiration rates during the nocturnal periods ranged from 3.47 μmol.CO2.m-2.s-1 (March) to 6.31 μmol.CO2.m-2.s-1 (June), with an overall average of 4.47 μmol.CO2.m-2.s-1, during the experimental work. In the context of the Kyoto Protocol project activities for the establishment or reforestation of mangrove ecosystems appear to be quite attractive and economically viable for implementation, either for projects in areas as demonstrated by the thesis, or for more ambitious projects, involving larger areas in activities of afforestation or reforestation. In relation to the Compensation Fund for avoided emissions, such as the newly proposed REDD, if they are included in national accounts of non-anthropogenic removals, as the natural evolution of carbon stocks in forests, is implicit in the thesis proposal: the removals by sinks (mangrove ecosystems) must be paid annually by the balance of NEE calculated and expressed by the average flux of CO2 captured annually per unit area of the ecosystem preserved. The results corroborate the veracity of the hypothesis of this study, which indicates the viability of the afforestation or reforestation of mangroves as project activities for inclusion in the form of CDM / LULUCF or Compensation Funds (REDD et alii), using the methodology described in this study to calculate avoided emissions, reductions and certifications. The experiment conducted in Bragança (PA) points to a net gain of 16.6 TC.ha-1.ano-1 and the possibility of generating up to 60 certificates for reduced emissions per hectare of mangrove forest preserved, restored or planted per year.
Palavras-chave: Manguezal
Créditos de carbono
Micrometeorologia
Mangrove
Carbon credits
Micrometeorologic
CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::METEOROLOGIA::MICROMETEOROLOGIA
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Agrometeorologia; Climatologia; Micrometeorologia
Citação: FONSECA, Sérgio de Mattos. Assessing daily and seasonal CO2 concentrations in a mangrove ecosystem: micrometeorological and economic dimensions. 2010. 120 f. Tese (Doutorado em Agrometeorologia; Climatologia; Micrometeorologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2010.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1498
Data do documento: 26-Fev-2010
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