Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://locus.ufv.br//handle/123456789/255
Tipo: Tese
Título: Espermatogênese no morcego Sturnira lilium (Chiroptera: Phyllostomidae): aspectos morfológicos, morfométricos e ultraestruturais
Título(s) alternativo(s): Spermatogenesis in the bat Sturnira lilium (Chiroptera: Phyllostomidae): morphological, morphometric and ultrastructural aspects
Autor(es): Morais, Danielle Barbosa
Primeiro Orientador: Matta, Sérgio Luis Pinto da
Primeiro coorientador: Paula, Tarcízio Antônio Rego de
Segundo coorientador: Neves, Mariana Machado
Primeiro avaliador: Freitas, Mariella Bomtempo Duca de
Segundo avaliador: Silva, Ita de Oliveira e
Terceiro avaliador: Rocha, Juliana Silva
Quarto avaliador: Chiarini-garcia, Hélio
Abstract: O morcego Sturnira lilium possui hábito alimentar predominantemente frugívoro, sendo um importante polinizador, sobretudo para espécies de plantas que dependem dos morcegos para a polinização e dispersão de suas sementes. Pela sua importância, torna-se fundamental que se conheça como esta espécie de morcego se reproduz, bem como se há influência de fatores ambientais sobre seu ciclo reprodutivo, uma vez que esta influência tem sido reportada para diversas espécies de morcegos. Por existir pouca informação disponível sobre quantificação e caracterização da espermatogênese de morcegos objetivou-se, neste estudo, fornecer informações sobre a atividade testicular de S. lilium ao longo das estações climáticas anuais. Assim, foi realizada a caracterização morfológica e morfométrica, com cálculo dos índices indicativos de produção espermática, caracterização dos estádios que compõem o ciclo do epitélio seminífero e quantificação de sua capacidade androgênica, nos testículos de indivíduos adultos. Foram capturados 14 animais nas estações seca (n=7) e chuvosa (n=7), no município de Viçosa, MG. Após eutanásia, fragmentos testiculares foram processados histologicamente para avaliação morfológica, morfométrica e histoquímica, em microscópio de luz e para análise ultraestrutural, em microscópio eletrônico de transmissão. Os animais apresentaram IGS médio de 0,27 % e seus testículos seguiram a organização geral descrita para mamíferos. A análise ultraestrutural permitiu o acompanhamento da formação do capuz acrossômico nas espermátides arredondadas, além da caracterização de outras células que compõem os compartimentos tubular e intertubular. Considerando-se indivíduos de ambas as estações, o parênquima testicular foi composto por cerca de 85 % de túbulos seminíferos e 15 % de intertúbulo, sendo o comprimento tubular por grama de testículo de aproximadamente 80 m. A contagem de células em apoptose não revelou diferenças significativas entre as estações. A maior reserva espermática testicular foi observada na estação chuvosa, com 43,47x106 células, bem como a produção espermática diária, cuja média foi de 12,60x106 células na mesma estação. A presença de espermatócitos primários em zigóteno no estádio 1 do ciclo do epitélio seminífero, segundo o método da morfologia tubular, difere de muitos mamíferos descritos até o momento. Os animais deste estudo apresentaram índice mitótico médio de 15,4 células, índice meiótico de 2,9 células, rendimento geral da espermatogênese de 68,7 células e capacidade suporte das células de Sertoli de 7,0 células. Um ciclo do epitélio seminífero teve duração média estimada em 3,45 dias e aproximadamente 15,52 dias foram requeridos para a formação dos espermatozóides, a partir da espermatogônia. As células de Leydig foram o principal componente do intertúbulo, seguido pelos vasos sanguíneos, tecido conjuntivo e espaço linfático. O número de células de Leydig por grama de testículo foi de 11x107 células, não variando ao longo das estações climáticas, bem como o índice Leydigossomático (média de 0,03 %) e a dosagem plasmática de testosterona (média de 21 ng/mL). A análise ultraestrutural mostrou gotículas lipídicas abundantes no citoplasma das células de Leydig, além de fibras colágenas no tecido conjuntivo e espaços linfáticos de paredes delgadas, circundando os túbulos seminíferos. S. lilium apresentou comprimento tubular por grama de testículo maior do que o já observado nos demais mamíferos, contrastando com a menor duração de ciclo espermatogênico já registrada. Observou-se ainda elevado rendimento da espermatogênese, baixa capacidade suporte pelas células de Sertoli e grande investimento em células de Leydig. Conclui-se que morcegos S. lilium machos apresentam padrão reprodutivo anual contínuo na referida área de estudo, uma vez que a quantificação de grande parte dos componentes tubulares e intertubulares, bem como os níveis de testosterona se mantiveram constantes ao longo das estações climáticas anuais.
The bat Sturnira lilium has a dietary habit predominantly frugivorous, being an important pollinator, especially for plant species that depend on bats for pollination and dispersal of their seeds. Due to its importance, it becomes essential to know how this bat species reproduces, as well as if there is influence of environmental factors on their reproductive cycle, since this influence has been reported for several bat species. Once little information is available about the quantification and characterization of spermatogenesis in bats, this study aimed to provide information about testicular activity of S. lilium throughout the annual climatic seasons. To this end, we performed a morphological and morphometric characterization, with calculation of indices indicative of sperm production, characterization of the stages that compose the seminiferous epithelium cycle, and quantification of its androgenic capacity, in the testes of adult individuals. Thus, 14 animals were captured in the dry (n = 7) and rainy seasons (n = 7), in Viçosa city-MG. After euthanasia, testicular fragments were processed histologically for morphological, morphometric and histochemical analysis by light microscopy and ultrastructural analysis under transmission electron microscopy. The animals showed GSI average of 0.27 %, and their testes followed the general organization described for mammals. The ultrastructural analysis allowed observing the formation of the acrosomal cap in round spermatids, besides the characterization of other cells that compose the tubular compartment. Considering both seasons, the testicular parenchyma was composed of about 85 % of seminiferous tubules and 15 % of intertubule, and the tubular length per gram of testis had approximately 80 m. There was no difference in the count of apoptotic cells between the seasons. The highest spermatic reserve of the testes was observed during the rainy season, with 43.47x106 cells, as well as the daily sperm production, whose average was 12.60x106 cells at the same season. The presence of primary spermatocytes at zygotene in the stage 1 of the seminiferous epithelium cycle, according to the tubular morphology method, differs from many mammalian described so far. The animals of this study showed an average mitotic index of 15.4 cells, meiotic index of 2.9, general yield of spermatogenesis of 68.7 cells, and support capacity of the Sertoli cells of 7.0 cells. The duration of one seminiferous epithelium cycle was 3.45 days, and approximately 15.52 days were required for development of sperm from spermatogonia. Leydig cells were the main component of intertubule, followed by blood vessels, connective tissue and lymphatic space. The number of Leydig cells per gram of testis, whose average was 11x107 cells, showed no significant difference throughout the seasons, as well as the Leydigosomatic index (mean of 0.03 %) and the plasmatic levels of testosterone (mean of 21 ng/ml). The ultrastructural analysis revealed abundant lipid droplets in the cytoplasm of Leydig cells, as well as collagen fibers in connective tissue and lymph spaces with thin walls, surrounding the seminiferous tubules. S. lilium showed tubular length per gram of testis above the observed in other mammals, in contrast to the lowest ever recorded for the spermatogenic process. It was also observed high efficiency of spermatogenesis, low carrying capacity by Sertoli cells and a large investment in Leydig cells. It can be concluded that bats S. lilium males have annual reproductive pattern continuous at the area of study, once that the quantification of great part of the tubular and intertubular components, as well as testosterone levels remained constant throughout the year.
Palavras-chave: Reprodução em morcegos
Testículo
Ciclo do epitélio seminífero
Célula de Sertoli
Célula de Leydig
Reproduction in bats
Testis
Seminiferous epithelium cycle
Sertoli cell
Leydig cell
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Citação: MORAIS, Danielle Barbosa. Spermatogenesis in the bat Sturnira lilium (Chiroptera: Phyllostomidae): morphological, morphometric and ultrastructural aspects. 2012. 97 f. Tese (Doutorado em Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2012.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/255
Data do documento: 6-Jul-2012
Aparece nas coleções:Biologia Celular e Estrutural

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
texto completo.pdf1,57 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.