Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://locus.ufv.br//handle/123456789/24129
Tipo: Dissertação
Título: Efeitos do investimento estrangeiro direto e das características dos países hospedeiros no crescimento econômico
Effects of foreign direct investment and host country characteristics on economic growth
Autor(es): Ribeiro, Marcos Júnio
Abstract: A busca por recursos, mercados e eficiência, fez com que as empresas multinacionais (EMNs) realizassem investimento estrangeiro direto (IDE) e consequentemente expandissem suas atividades globais, principalmente a partir da década de 1990. E do ponto de vista dos países hospedeiros isso pode trazer benefícios para a economia. A intuição é de que se as EMNs realizam IDE, suas atividades serão capazes de gerar spillovers de tecnologia e conhecimento para as empresas domésticas. E isso se converterá em aumentos de produtividade e consequentemente crescimento econômico. No entanto, a capacidade de absorção dos spillovers de tecnologia e conhecimento por parte dos países parece estar condicionada a fatores macroeconômicos e institucionais do país hospedeiro. Diante desse cenário, muitos pesquisadores se debruçaram sobre o assunto, utilizando variados métodos econométricos e diferentes bases de dados para verificarem se o IDE foi capaz de gerar crescimento. Porém, os resultados não são unânimes, e os efeitos do IDE no crescimento ainda não estão claros. Sendo assim, as principais perguntas que emergem são: (i) O IDE sozinho é capaz de gerar crescimento econômico no país hospedeiro? (ii) Fatores como capital humano, tamanho do mercado financeiro, abertura comercial e qualidade institucional potencializam os efeitos do IDE no crescimento? (iii) O IDE possui efeitos distintos em países com diferentes níveis de renda? Diante disso, o objetivo dessa pesquisa foi verificar se o IDE contribuiu para o crescimento econômico de 80 países, separados em quatro grupos (renda baixa, renda média baixa, renda média alta e renda alta) de 20 países, de acordo com a Renda Nacional Bruta (RNB), no período de 1996 a 2015. E se fatores como capital humano, tamanho do mercado financeiro, abertura comercial e qualidade institucional contribuíram para potencializar os efeitos positivos do IDE no crescimento. Para alcançar esses objetivos, foram estimadas cinco regressões de crescimento, utilizando o GMM System (Método dos Momentos Generalizados), para cada um dos quatro grupos de países. Os principais resultados encontrados permitem inferir que: (i) Nos países de renda baixa, renda média baixa e renda média alta, o IDE, aliado as condições locais, contribuiu para o crescimento, por outro lado, nos países de renda alta o IDE não impactou no crescimento, ou seja, o nível de renda no qual o hospedeiro esta é relevante para explicar os efeitos do IDE no crescimento; (ii) Quando considerado de forma isolada, o IDE não exerceu impacto no crescimento econômico, sobretudo nos países de renda média alta e renda alta; (iii) O capital humano, o tamanho do mercado financeiro, abertura comercial e qualidade institucional potencializaram os efeitos do IDE no crescimento, sobretudo nos países de renda baixa. Isso demonstra que tais países devem implementar políticas públicas com o objetivo de desenvolver as instituições, qualificar a mão de obra, e fomentar o desenvolvimento financeiro e o comércio internacional; (iv) Em regressões de crescimento para painéis com países com distintos níveis de renda os efeitos do IDE no crescimento são subestimados. Recomenda-se se então que, ao estimar regressões de crescimento para um conjunto de países, estes, sejam categorizados pelo nível de renda.
The search for resources, markets and efficiency has led multinational companies (MNEs) to carry out foreign direct investment (FDI) and consequently to expand their global activities, especially since the 1990s. And from the point of view of host countries this can bring benefits to the economy. The intuition is that if MNEs perform FDI, their activities will be able to generate spillovers of technology and knowledge for domestic companies. And this will translate into increases in productivity and consequently economic growth. However, the ability of countries to absorb technology and knowledge spillovers seems to be conditioned by macroeconomic and institutional factors in the host country. Faced with this scenario, many researchers focused on the subject, using varied econometric methods and different databases to verify if the FDI was able to generate growth. However, the results are not unanimous, and the effects of FDI on growth are still unclear. Therefore, the main questions that emerge are: (i) Is FDI alone capable of generating economic growth in the host country? (ii) Factors such as human capital, size of the financial market, trade openness and institutional quality potentiate the effects of FDI on growth? (iii) Does FDI have different effects in countries with different levels of income? Thus, the objective of this research was to verify if FDI contributed to the economic growth of 80 countries, separated into four groups (low income, low middle income, high middle income and high income) of 20 countries, according to the National Income Gross national product (GNI) between 1996 and 2015. And if factors such as human capital, financial market size, trade openness and institutional quality have contributed to the positive effects of FDI on growth. To achieve these objectives, five growth regressions were estimated using the GMM System (Generalized Moments Method) for each of the four groups of countries. The main results show that: (i) In low-income, low-middle-income and high-middle- income countries, FDI, combined with local conditions, contributed to growth, on the other hand, in the high-income countries, FDI did not have an impact on growth, ie, the income level at which the host is relevant to explain the effects of FDI on growth; (ii) When considered in isolation, FDI had no impact on economic growth, especially in the high middle income and high income countries; (iii) Human capital, financial market size, trade openness and institutional quality have enhanced the effects of FDI on growth, especially in low-income countries. This demonstrates that such countries must implement public policies aimed at developing institutions, qualifying labor, and fostering financial development and international trade; (iv) In growth regressions for panels with countries with different income levels, the effects of FDI on growth are underestimated. It is then recommended that, when estimating growth regressions for a set of countries, these are categorized by income level.
Palavras-chave: Investimentos estrangeiros
Desenvolvimento econômico
Capital humano
CNPq: Crescimento e Desenvolvimento Econômico
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Titulação: Mestre em Economia Aplicada
Citação: RIBEIRO, Marcos Júnio. Efeitos do investimento estrangeiro direto e das características dos países hospedeiros no crescimento econômico. 2019. 86 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2019.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24129
Data do documento: 11-Fev-2019
Aparece nas coleções:Economia Aplicada

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
texto completo.pdftexto completo903,08 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.