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Tipo: Dissertação
Título: Study of different barriers to microbiology stabilization of goat and sheep whey and impact on the physicochemical properties and physical stability of products
Estudo de diferentes barreiras para estabilização microbiológica do soro de queijo cabra e ovelho e impacto nas propriedades físico-químicas e estabilidade física dos produtos
Autor(es): Santos, Fabio Ribeiro dos
Abstract: Goat cheese whey (GCW) and sheep cheese whey (SCW) are byproducts of cheese production and are usually discarded. To create alternatives for the use of this waste, it is necessary to stabilize it microbiologically. Initially, the kinetic parameters of microbial inactivation in GCW were evaluated. It was verified that the inactivation followed a first order kinetics, being established values of D from 65.7 to 1.2 minutes in temperatures of 62 to 75oC, respectively. Three binomials were selected to evaluate the microbiological and physical-chemical characteristics of the whey, with and without added sugar, during storage at 7oC. It was observed that the binomial 75oC/5 min ensured the microbiological stability of the whey for up to 21 days, regardless of the addition of sugar, with less effect on physical stability when compared to the more severe binomials (80oC/1 min). Thus, to increase the shelf life of the whey, other barriers were necessary. In this way, the effects of the association of heat treatment with fermentation were studied, including the impact of the addition of protease and the use of ultrasound during fermentation. It was found that the fermentations under ultrasound showed a higher rate of pH reduction in the GCW (23-32%). Physical stability evaluation showed that both products had cream separation (up to 60%) and translucent whey formation (up to 80%). For antioxidant activity, an increase of 40% (SCW) and 30% (GCW) was observed, compared to unfermented whey. For lactic bacteria (LAB) counts, there was a reduction during storage (1.5-3.0 log CFU.mL -1 ). Thus, the results demonstrated that the source/composition of whey, mainly fat content, affected the destabilization rate and loss of viability of LAB, caused by nutrient depletion and poor tolerance at pH ~4.0. Finally, the efficacy of nisin, addition of Lacticaseibacillus casei as a bioprotective culture and direct acidification with lactic acid (up to pH 4.5, 3.5 and 2.5) were evaluated as tools to guarantee the stability of GCW and SCW during 28 days at 7°C. Nisin and acidification at pH 3.5 and 2.5 maintained total and psychrotrophic bacteria counts below 1 log CFU.mL -1 , with pH and acidity stable during sample storage. Inoculation with L. casei was also effective, reaching 7-8 log CFU.mL -1 and protecting the samples with mild (SCW) or no acidification (GCW) of the samples. Regarding physical stability, all samples were destabilized, but those acidified at pH 3.5 and 4.5 had greater cream and sediment formation. On the other hand, the particle size data showed little difference between the samples (0 and 28 days), suggesting that shaking the whey was able to resuspend the separated particles during static storage. Therefore, a general evaluation of the results indicates that the best solutions for stabilizing GCW and SCW are the thermal treatment of 75oC/5min associated with antimicrobial (nisin) and bioprotective culture (L. casei); even so, if it is necessary to guarantee the physical stability of the whey in the developed product, it is important that additional strategies be studied, such as the use of stabilizers and skimming, especially for acidic products. The data obtained in this study foster new perspectives regarding the use of GCW and SCW for the development of new dairy products, aiming to promote an increase in the income of rural producers and reduce environmental impacts. Keywords: Goat cheese whey. Sheep cheese whey. Heat treatment. Ultrasound. Protease. Antimicrobial. Bioprotection. Product development.
O soro de queijo de cabra (SQC) e ovelha (SQO) são resíduos da produção de queijo e geralmente são descartados. Para criar alternativas para o uso deste resíduo, é necessário estabilizá-lo microbiologicamente. Inicialmente, avaliou-se os parâmetros cinéticos de inativação microbiana em SQC. Verificou-se que a inativação seguiu uma cinética de primeira ordem, sendo estabelecidos valores de D de 65,7 a 1,2 minutos em temperaturas de 62 a 75oC, respectivamente. Selecionaram-se três binômios para avaliar as características microbiológicas e físico-química do soro, com e sem adição de açúcar, durante a estocagem a 7oC. Observou-se que o binômio 75oC/ 5 min garantiu a estabilidade microbiológica do soro por até 21 dias, independente da adição de açúcar, com menor efeito sobre a estabilidade física quando comparado à binômios mais severos (80oC/ 1 min). Assim, visando aumentar a vida de prateleira do soro, outras barreiras foram necessárias. Desta forma, os efeitos da associação do tratamento térmico com fermentação foram estudados, incluindo o impacto da adição de protease e uso de ultrassom durante a fermentação. Verificou-se que as fermentações sob ultrassom apresentaram maior taxa de redução do pH no SQO (23- 32%). A avaliação da estabilidade física mostrou que ambos os produtos tiveram separação de creme (até 60%) e formação de soro translúcido (até 80%). Para a atividade antioxidante, foi observado um aumento de 40% (SQO) e 30% (SQC), em comparação aos soros sem fermentar. Para contagens de bactérias láticas (BAL), houve redução durante o armazenamento (1,5-3,0 log UFC.mL -1 ). Assim, os resultados demonstraram que a fonte/composição do soro, principalmente teor de gordura, afetaram a taxa de desestabilização e a perda de viabilidade de BAL, causada pela depleção de nutrientes e baixa tolerância em pH ~4,0. Por fim, avaliou- se a eficácia da nisina, adição de Lacticaseibacillus casei como cultura bioprotetora e acidificação direta com ácido lático (até pH 4,5, 3,5 e 2,5) como ferramentas para garantir a estabilidade de SQC e SQO durante 28 dias à 7°C. A nisina e a acidificação em pH 3,5 e 2,5 mantiveram a contagem de bactérias totais e psicrotróficas abaixo de 1 log UFC.mL -1 , com pH e acidez estáveis durante o armazenamento das amostras. A inoculação com L. casei também foi efetiva, atingindo 7-8 log UFC.mL -1 e protegendo as amostras com leve (SQO) ou nenhuma acidificação (SQC) das amostras. Com relação à estabilidade física, todas as amostras foram desestabilizadas, mas as acidificadas em pH 3,5 e 4,5 tiveram maior formação de creme e sedimentos. Por outro lado, os dados de tamanho de partícula mostraram pouca diferença entre as amostras (0 e 28 dias), sugerindo que a agitação do soro foi capaz de ressuspender as partículas separadas durante a estocagem estática. Portanto, avaliação geral dos resultados apontam que as melhores soluções para estabilização de SQC e SQO são o tratamento térmico de 75oC/5min associado ao antimicrobiano (nisina) e a cultura bioprotetora (L. casei); ainda assim, caso seja necessário garantir a estabilidade física dos soros no produto desenvolvido, é importante que sejam estudadas estratégias adicionais, como o uso de estabilizantes e desnate, especialmente para produtos ácidos. Os dados obtidos neste estudo fomentam novas perspectivas quanto à utilização de SQO e SQC para o desenvolvimento de novos produtos lácteos, visando promover o aumento da renda dos produtores rurais e diminuir os impactos ambientais. Palavras-chave: Soro de queijo de cabra. Soro de queijo de ovelha. Tratamento térmico. Ultrassom. Protease. Antimicrobiano. Bioproteção. Desenvolvimento de produto.
Palavras-chave: Soro de leite
Queijo de leite de cabra
Queijo de leite de ovelha
Agentes antiinfecciosos
Teste de ultrasson
CNPq: Tecnologia de Produtos de Origem Animal
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Titulação: Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Citação: SANTOS, Fabio Ribeiro dos. Study of different barriers to microbiology stabilization of goat and sheep whey and impact on the physicochemical properties and physical stability of products. 2023. 120 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2023.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Identificador DOI: https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.217
URI: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31461
Data do documento: 28-Fev-2023
Aparece nas coleções:Ciência e Tecnologia de Alimentos

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