Efeito dos íons alumínio e férrico sobre a quebra da dormência de sementes de Stylosanthes humilis H.B.K

Abstract

A quebra da dormência fisiológica de sementes de estilosante (Stylosanthes humilis H.B.K.), leguminosa forrageira de ciclo anual, foi quebrada pelos sais de alumínio, sob pH 3,0, e pelos sais férricos, sob pH 2,5. Sob pH 2,0, ocorreu a quebra da dormência sem o concurso dos sais. O tempo mínimo de exposição das sementes aos sais de alumínio e férricos que proporcionou as maiores porcentagens de germinação foi 6 h para o Al(NO 3 ) 3 , 18 h para o Al 2 (SO 4 ) 3 e 24 h para o AlCl 3 e Fe(NO 3 ) 3 . O Fe(NO 3 ) 3 , em pH 2,5, e o Al(NO 3 ) 3 , em pH 3,0, anteciparam o início da germinação em relação ao efeito do pH puro, enquanto os outros sais causaram um atraso no início da germinação. Em placas de Petri, não houve diferença entre as taxas máximas de germinação promovidas pelo pH 2,5 puro e pelos sais de alumínio e férrico. Sob pH(s) 3,0 e 4,0, os sais de alumínio promoveram uma taxa de germinação e um tempo de ocorrência de taxa máxima maiores que os promovidos pelos pH(s) puros, indicando efeito próprio dos sais. A germinação estimulada pelos íons trivalentes foi inibida pelos inibidores da biossíntese de etileno Co 2+ , ácido abscísico e ácido acetil-salicílico, exceto sob pH 2,0. Os efeitos inibitórios dos bloqueadores da biossíntese de etileno foram revertidos pelo ácido 2-cloroetilfosfônico, sugerindo a participação do etileno na germinação. Sementes embebidas em soluções de sais de alumínio, sob pH 3,0 apresentaram um aumento na produção de etileno, em comparação às expostas ao pH puro. Já sob pH 2,5, não houve diferença entre os efeitos causados pelo nitrato férrico e o pH puro, indicando que o efeito foi causado pela condição acídica.

Dormancy of seeds of Townsville stylo (Stylosanthes humilis H.B.K.), an annual tropical forage legume, was broken by the aluminum salts, under pH 3,0, and ferric salts, under pH 2,5. Dormancy was also broken by pH 2,0 solution with no salt, highlighting the role of low pH in the process. Minimum exposure time of seeds to the aluminum and ferric salts to promote the highest germination was 6 h for Al(NO 3 ) 3 , 18 h for Al 2 (SO 4 ) 3 and 24 h for AlCl 3 and Fe(NO 3 ) 3 . Ferric nitrate, in pH 2,5, and aluminum nitrate, in pH 3,0, anticipated the onset of germination as compared to pure pH; however, the other salts promoted a delay of germination. Under pH 2,5, the acidic condition sufficed for dormancy breakage of Townsville seeds in Petri dish. In pH(s) 3,0 and 4,0, aluminum salts promoted a germination rate greater than that caused by pure pH(s), indicating an effect of the ion. Germination as stimulated by the trivalent ions was inhibited by the inhibitors of ethylene biosynthesis Co 2 +, abscisic acid and acetyl-salicylic acid, except under pH 2,0. The inhibitory effects of ethylene biosynthesis inhibitors were reverted by 2- chloroethylphosphonic acid. Aluminum salts in pH 3,0 induced a large increase in ethylene production, in comparison to seeds exposed to pure pH 3,0. Under pH 2,5, there was no difference among effects caused by ferric nitrate and pure pH, indicating that the effect was caused solely by acidic condition. In pH 2,5, the dormancy breakage seemed associated to pH, whereas in pH 3,0 the effect seemed caused by aluminum ions.