Does frequency of supplementation affect the performance of cattle under grazing in tropical pastures?

Abstract

Our objective was to evaluate the effects of supplementation frequency on performance and voluntary intake of cattle under grazing in tropical pastures by using a meta-analytical approach. The dataset used to evaluate the voluntary intake was compiled from 18 experiments carried out in Brazil between 2009 and 2021, totaling 75 treatment means. In order to evaluate the animal performance, treatment means were collected from 19 experiments carried out in Brazil between 2003 and 2018, totaling 69 treatment means. The data were analyzed using meta-analysis techniques, considering the random effect of the experiments on the model parameters. There was no effect of supplementation (P 0.11) or supplementation frequency (P 0.18) on forage intake and dietary digested organic matter content (DOM). On the other hand, supplementation increased (P<0.01) total intake, dietary crude protein (CP) and CP-to-DOM dietary ratio. Supplementation enhanced (P<0.01) average daily gain (ADG), but without any influence of supplementation frequency (P 0.84). The ADG increased linearly (P<0.05) as forage CP increased, but no difference was detected (P>0.05) among supplementation frequencies. The additional weight gain (AWG) caused by supplementation decreased as forage CP increased and became null at 150 g CP/kg dry matter. There was a quadratic pattern (P<0.01) of the AWG in response to variations in both supplement intake and supplemental CP intake, but no effect of different frequencies was detected on this variable (P>0.05). Maximal responses occur when 5.0 g of supplement and 1.14 g of supplemental CP per kg BW were provided. Reducing supplementation frequency down to thrice a week does not affect voluntary intake and performance of cattle under grazing in tropical pastures. There is a positive response to protein supplementation on animal performance even with medium to high-quality forages. However, that response decreases as forage crude protein increases and becomes null at 150 CP/kg dry matter. Keywords: Average daily gain. N status. Protein supplementation.

Nosso objetivo foi avaliar os efeitos da frequência de suplementação no desempenho e consumo voluntário de bovinos sob pastejo em pastagens tropicais utilizando abordagem meta-analítica. O banco de dados utilizado para avaliar o consumo voluntário foi compilado a partir de 18 experimentos conduzidos no Brasil entre 2009 e 2021, totalizando 75 médias de tratamento. Para avaliar o desempenho animal, foram coletadas médias de tratamento de 19 experimentos conduzidos no Brasil entre 2003 e 2018, totalizando 69 médias de tratamento. Os dados foram analisados utilizando técnicas de meta-análise, considerando o efeito aleatório de experimentos nos parâmetros do modelo. Não houve efeito da suplementação (P 0,11) ou da frequência de suplementação (P 0,18) no consumo de forragem e no conteúdo de matéria orgânica digerida da dieta (MOD). Por outro lado, a suplementação aumentou (P<0,01) o consumo total, a proteína bruta (PB) dietética e a razão entre os conteúdos de PB e MOD dietética. A suplementação melhorou (P<0,05) o ganho médio diário (GMD), mas sem qualquer influência da frequência de suplementação (P 0,84). O GMD aumentou linearmente à medida que a PB da forragem aumentou, mas nenhuma diferença foi detectada (P>0,05) entre frequências de suplementação. O ganho de peso adicional (GPA) causado pela suplementação diminuiu à medida que a PB da forragem aumentou e tornou-se nulo a 150 g PB/kg de matéria seca. Houve padrão quadrático (P<0,01) do GPA em resposta a variações tanto no consumo de suplemento como no consumo de PB suplementar, mas nenhum efeito de diferentes frequências foi detectado nessa variável (P>0,05). Máximas respostas ocorrem quando 5,0 g de suplemento e 1,14 g de PB suplementar por kg de PC foram fornecidas. Reduzir a frequência de suplementação para três vezes por semana não afeta a ingestão voluntária e o desempenho de bovinos em pastejo em pastagens tropicais. Há resposta positiva à suplementação proteica no desempenho animal mesmo em forragens de alta qualidade. No entanto, essa resposta diminui à medida que a proteína bruta da forragem aumenta e torna-se nula a 150 PB/kg de matéria seca.