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Tipo: Dissertação
Título: Pegada ecológica da atividade agropecuária na Amazônia: o caso do estado do Acre
Título(s) alternativo(s): Ecological footprint of farming in the Amazon: the case of the Acre state
Autor(es): Padrão, Glaucia de Almeida
Primeiro Orientador: Lírio, Viviani Silva
Primeiro coorientador: Lima, João Eustáquio de
Segundo coorientador: Homma, Alfredo Kingo Oyama
Primeiro avaliador: Gomes, Marília Fernandes Maciel
Segundo avaliador: Silva Júnior, Aziz Galvão da
Abstract: Desde fins da década de 1960, o mundo vem passando por transformações significativas no que tange o pensamento econômico sobre a questão ambiental. No Brasil, apesar de mais de meio século de pesquisas que visam a integração entre economia e meio ambiente, tem havido aumento significativo das taxas de desmatamento nas regiões norte e nordeste do pais, desencadeado pelo processo de expansão da atividade agropecuária para estas regiões. Essa expansão resultou no desmatamento de uma área que vai do leste do Acre ao nordeste do estado do Pará, conhecida como arco do desmatamento. Apesar de a incorporação desta região ter contribuído para o aumento do produto agropecuário e para inserção de tais áreas ao sistema produtivo do país, o desmatamento acelerado decorrente desse processo trouxe consigo resultados graves, que, pela falta de políticas adequadas de proteção às áreas de florestas, podem resultar em prejuízo ambiental de largo porte. Os efeitos da atividade humana sobre o meio ambiente que tiveram início na década de 1960, tomaram notoriedade em fins da década de 1980 e início da década de 1990 com a formulação de acordos e documentos, tais como o Relatório de Brudtland e a Agenda 21, em que foram estabelecidas normas e regras a serem seguidas pelos países a fim de promover um crescimento econômico sustentável. As discussões que permeiam a mensuração dos impactos ambientais das atividades econômicas são ainda muito amplas e apontam para a necessidade de reformulação das metodologias usadas para mensuração de tais impactos. O Brasil, como portador de grande biodiversidade, se destaca estrategicamente nas discussões mundiais sobre o tema. Dentre as principais preocupações, está a expansão da atividade agropecuária na Amazônia Legal, que por ser baseada em um padrão de produção diferenciado do utilizado no centro-sul do país, – pela dificuldade de acesso, estrutura dos solos e tipo de atividade –, é precedida pela incorporação de novas terras para aumento da produção. Dentre os estados da Amazônia Legal, o Acre vem se destacando pelo acelerado crescimento da atividade agropecuária e, consequentemente, do desmatamento. Tendo em vista a expansão da atividade agropecuária no estado do Acre e os impactos dessa expansão sobre o meio ambiente, na medida em que o estado representa uma região estratégica para o país, no que tange a disponibilidade de recursos naturais, o presente estudo tratou de determinar o nível de desmatamento de cada município, ranqueando-os, bem como, estimar a quantidade de áreas bioprodutivas ainda disponíveis no estado. Para tanto, utilizou-se como metodologia de análise a Pegada Ecológica, que é um indicador amplamente conhecido na literatura, e a constituição de um Índice de Degradação (ID). Concluiu-se que a área leste do estado, que está inserida no arco do desmatamento apresenta níveis críticos de desmatamento, com cerca de 70% do território desflorestado, em função, principalmente, da conversão de floresta em áreas de cultivo e pastagens. Tal conclusão é importante, na medida em que permite a formulação de políticas para a preservação do meio ambiente, fortalecendo as áreas de proteção integral e punindo os produtores que descumprem as leis ambientais. Assim, o presente estudo constituiu um primeiro passo na quantificação econômica dos impactos ambientais causados pela atividade humana, e chama a atenção para a necessidade de desenvolvimento de metodologias mais eficazes e específicas que abordem o tema, considerando não apenas o aspecto ambiental, mas todos os aspectos considerados pela sustentabilidade, a saber, a economia, o meio ambiente e a sociedade.
Since the late 1960s, the world has undergone significant transformation in terms of economic thought on the environmental issue. In Brazil, despite more than half a century of research aimed at the integration between economy and environment, there has been significant increase in deforestation rates in the north and northeast of the country, triggered by the process of farming expansion in these regions. This expansion resulted in the deforestation of an area since the east of Acre to the northeastern state of Para, known as the "arc of deforestation". Although the incorporation of this region have contributed to the increase in agricultural product and to insert such areas to the productive system of the country, the accelerated deforestation resulting from this process has brought serious results. The effects of human activity on the environment that began in the 1960s, took prominence in the late 1980s and early 1990s with the formulation of agreements and documents, such as the Brundtland Report and Agenda 21 in have been established norms and rules to be followed by countries to promote sustainable economic growth. The discussions that involve the measurement of environmental impacts of economic activities are still very wide and point to the need for a revision of the methodologies used to measure such impacts. Brazil, as the bearer of great biodiversity, stands strategically in global discussions on the topic. Among the main concerns is the expansion of farming in the Amazon, which is based on a standard different from that used for production in the central south of the country - the difficulty of access, soil structure and type of activity - is preceded by the incorporation of new land to increase production. Among the states of Legal Amazonia, Acre has been highlighted by the rapid growth of farming and thus deforestation. Given the expansion of farming in the state of Acre and the impacts of this expansion on the environment, to the extent that the state represents a strategic region for the country, regarding the availability of natural resources, this study sought to determine the level of deforestation in each municipality ranked them as well as to estimate the amount of bioproductive areas still available in the state. For this purpose, as the methodology for analyzing the Ecological Footprint, which is an indicator widely known in the literature and the establishment of a Degradation Index (DI). It was concluded that the area east of the state, which is embedded in the arc of deforestation presents critical levels of deforestation, with about 70% of land deforested, depending mainly on the conversion of forests into agricultural fields and pastures. This conclusion is important in that it allows the formulation of policies for the preservation of the environment, strengthening the areas of full protection and punishing producers who violate the environmental laws. Thus, the present study was a first step in economic quantification of environmental impacts caused by human activity, and draws attention to the need for development of more effective and specific to address the issue, considering not only the environmental aspect, but all factors considered for sustainability, namely the economy, environment and society.
Palavras-chave: Pegada ecológica
Acre
Agropecuária
Ecological footprint
Acre
Farming
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA::ECONOMIAS AGRARIA E DOS RECURSOS NATURAIS
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Citação: PADRÃO, Glaucia de Almeida. Ecological footprint of farming in the Amazon: the case of the Acre state. 2010. 129 f. Dissertação (Mestrado em Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2010.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/43
Data do documento: 17-Dez-2010
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